Se no Japão o próximo domingo é dia de celebrar o futebol-arte, com Messi e Neymar prometendo o embate mais ofensivo da história, aqui no Mala da Lista, direto da terra do Barça, é tempo de inverter os papéis, homenageando as “capas-arte” de discos com inspiração nipônica.
Lindas, elas atestam o fascínio do mundo pop pelo país do sol nascente.
*Não valem, claro, artistas japoneses; nem as dezenas de álbuns “Live in Japan”, “Live in Tokyo” ou os clássicos “Live at Budokan”; tampouco as infinitas edições especiais japonesas de qualquer disco.
10-Alphaville – “Big in Japan 1992 AD” (single – 1992)
Começamos pelo básico. De quando a banda alemã, não vendo mais alternativas de volta ao topo das paradas, remixou um de seus dois únicos hits.
9-Beat Culture – “Tokyo Dreamer” (2011)
Espécie de pós-trip-hop, pós-Lost in Translation. É mais ou menos assim o som deste grupo americano. E mais ou menos assim a capa.
8-Mogwai – “Young Team” (1997)
Dada a melancólica abstração instrumental do quinteto escocês, não faltariam suposições sobre a profundidade do que está escrito neste painel. Mas, em típica pegadinha do Mogwai, quer apenas dizer “Banco Fuji”.
7-Japan – “Adolescent Sex” (1978)
Entre o glam ao new romantic, tudo indica que a escala era no Japão.
6-Wayne Shorter – “Speak no Evil” (1965)
Perrrdeu, Yoko Ono. Você não foi a primeira esposa japonesa a se intrometer em capas de disco de músicos internacionalmente consagrados. Teruka Nakagami, primeira mulher de Wayne Shorter, é a verdadeira pioneira.
5-Antony & the Johnsons – “The Crying Light” (2009)
E por falar em pioneirismo, este cidadão aí na foto é Kazuo Ohno, falecido em 2010 aos 103 anos. A ele se atribui o desenvolvimento da hermética, cerebral e pitoresca dança performática japonesa conhecida como Butoh (ou Butô). O belo retrato é de 1977.
4-Steely Dan – “Aja” (1977)
Minimalismo e delicadeza são clichês usados para definir a “estética japonesa”. Pois aqui se aplicam, não?
3-Bjork – “Homogenic” (1997)
Alexander McQueen, estilista britânico que se suicidou no ano passado, foi o responsável por transformar Björk numa espécie de gueixa-fada, uma “guerreira do amor”, conforme lhe brifou a islandesa à época. O resultado ajudou a dar a cara lírica e emotiva que o conteúdo do álbum pedia.
2-Sparks – “Kimono My House” (1974)
Como disse o finado crítico musical Ian MacDonald, “a moça da esquerda está escutando ‘Kimono My House’ pela primeira vez”. Devia estar mesmo. Ô, disco estranho (e interessante).
1-Sigue Sigue Sputnik – “Flaunt It” (1986)
Pois já que tocamos no assunto, a minha cara foi uma mistura das expressões das duas gueixas do Sparks acima quando ouvi Sigue Sigue Sputnik em uma festinha de meu prédio nos anos 80. Quando me mostraram a capa, então... o que poderia ser mais legal do que uma banda que homenageia os heróis trash da TV japonesa, aqueles mesmos que assistíamos na Record (SBT?) em seus discos?
*Siga este blog também pelo twitter @maladalista
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.