terça-feira, 29 de março de 2011

Korean Wedding


"Falem agora ou calem-se para sempre"
Desembarco novamente em São Paulo esta semana por dois nobilíssimos motivos: os casamentos de dois amigões do peito com suas respectivas e queridas musas.

Se bem que, como já disse a ambos, ainda desconfio de que esta história de marcar duas bodas em apenas sete dias seja uma armadilha. Na hora H, nos avisarão de que na verdade se trata de uma festa só, com contração de matrimônio coletiva, como fazem os coreanos aí de cima (imagem do Global times), e que posaremos todos para a foto final a ser enviada a uma disputa do Guiness Book.

Com ou sem o elemento “massive wedding” na jogada, fato é que o novo ranking do MDL não poderia fugir do altar. Assim que, voluptuosas como os goles de uísque que tomarei e sinceras como as juras de amor eterno aos amigos que farei, aqui vão as Top 10 capas de disco com noivas, noivos e companhia. Saúde!


10-Duran Duran –“Duran Duran” (1993)



A banda inglesa achou que estava abafando quando escolheu esta capa. Mas, como veremos no resto da lista, o conceito do outrora conhecido como “Wedding Album” não trazia grandes novidades.



9-The Dixie Cups – “Chapel of Love” (1964)


Arte adequada para este hit açucarado de coautoria de Phil Spector. Cujo refrão “going to the chapel and we / are going to get married”, aliás, embalou as esperanças de moçoilas também em gravação de Darlene Love.


8-Leon & Mary Russell – “Wedding Album” (1976)


Hoje com pinta de Hermeto Pascoal, Leon fez recentemente um disco com Elton John. Mas quando parecia um cruzamento de Robert Plant com Jeffrey Lebowski, era com Mary que ele gravava. Era com ela que casava e era ela quem ele apertava, também.


7-Coletânea – “Sex in the70’s” (anos 1970)



O blog LP Cover Lover, sobre o qual já falei antes, vive desenterrando capas que o mundo precisa conhecer. Esta ilustra um disco falado, com aconselhamento sexual a jovens da década de 1970. Mas a julgar pelas histórias que escutamos sobre como funcionavam as coisas naqueles tempos, a imagem da noivinha inocente entregue ao janjolão está comparativamente mais para década de 1930 ou 1940.


6-Depeche Mode – “Some Great Reward” (1984)


Isso sim que é romantismo: casar atrás de um armazém abandonado.


5-John Lennon and Yoko Ono –“Wedding Album” (1969)


Mais um “Wedding Album” para a coleção. Este com direito a saiota da noiva. Kill Yoko, diria umas das noivas do nosso Korean Wedding.


4-Julieta Venegas – “Sí” (2004)


Embora nesta foto Julieta não tenha saído favorecida, é difícil encontrar alguém por aí que não diria “sim” à americana-mexicana.


3-Pulp – “A Different Class” (1995)


Reparem na palidez de alguns dos “convidados”. São cartazes de papelão com imagens de Jarvis Cocker e os outros integrantes da banda. Eles parecem mortos.


2-Sparks – “Angst in My Pants” (1982)


Responsável por estranhos álbuns com capas ainda mais estranhas – em breve, outras por aqui – a estranha dupla americana Sparks encarou com véu, bigode e grinalda a entrada para a maturidade.


1-Mamma Cadela – “Mamma Cadela em Busca da Verdade” (2006)


No mais clássico espírito de banda, ninguém tirou o seu da reta. Todo mundo para o altar, e é pra já. A agenda é passagem de som, casório, show, X-músico e bora para a lua-de-mel.

*Siga este blog também pelo twitter: @maladalista



segunda-feira, 14 de março de 2011

Batalha das Homônimas



A era dos MP3 trouxe à tona novos enigmas pop. Com a possibilidade da organização de arquivos por ordem alfabética, volta e meia nos vemos diante de canções e até álbuns diferentes entre si e que possuem exatamente o mesmo nome. Sobretudo canções.

Elas podem ter sido pensadas para ritmos e melodias que não tenham nada a ver uns com os dos outros; muitas vezes falam sobre diferentes assuntos (ou simplesmente não dizem nada, quando instrumentais); e são cantadas ou tocadas por artistas que não raro nunca ouviram falar um do outro. Mas guardam este mistério de serem homônimas.

O Mala da Lista selecionou algumas destas improváveis duplinhas, o que acabou resultando numa agradável e eclética jukebox virtual. As “gêmeas” aparecem classificadas pelo quão boas são enquanto “time”. Sem mais blablablás, portanto, eis a Batalha das Homônimas. Escolham as suas favoritas (eu já escolhi; é sempre a que vem em primeiro).

*Não valem, por hora, composições com nome de gente. Isso fica mais para frente.

**Siga este blog também pelo twitter: @maladalista


10-“Coney Island Baby” - Tom Waits (2002) x Lou Reed (1976)




9-“Express Yourself” - Charles Wright and the Watts 103rd Street Rhythm Band (1970) x Madonna (1989)




8-“Hackensack” - Thelonious Monk (1954) x Fountains of Wayne (2002)





7-“Peek-a-Boo!” - Devo (1982) x Siouxsie and the Banshees (1988, sem exclamação)





6-“Unity” - Desmond Dekker (1968) x Afrika Bambaataa & James Brown (1984)






5-“The Fly” - David Axelrod (1969) x U2 (1991)




4-“Hallelujah” – Happy Mondays (1989) x Leonard Cohen (1985)





3-“Today” – The Smashing Pumpkins (1993) x Jefferson Airplane (1967)





2-“What’s Going On” - Marvin Gaye (1971) x Hüsker Dü (1984)





1-“Money” - Barrett Strong (1959, também conhecida como “That’s What I Want”) x Pink Floyd (1973)






quinta-feira, 3 de março de 2011

Virilhas em fúria



No Carnaval do ano passado, os álbuns com capas estampadas por peladões foram tema de Ziriguidum, Telecoteco, samba-enredo-post do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Lá Vem o Mala da Lista.

Mas como o ímpeto dos artistas por escandalizar visualmente não se restringe às manifestações de nudez, o blog escolheu para a versão 2011 de sua folia um ranking que não faria feio numa exposição no baile do Ilha Porchat Clube.

Estamos falando delas, as virilhas, que também adoram comparecer como destaque não só na Sapucaí, mas também numa boa capinha de disco. Dizem que a bunda é a paixão nacional. Mas a julgar pela presença de nomes brasileiros nesta lista, a nossa obsessão pela região pubiana pode competir de igual para a igual com o afã pela glútea (a qual homenagearemos mais para frente). Popozudas, tremei!



10-Cássia Eller – “Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo” (1999)



Na comissão de frente, Cássia Eller trocando os habituais jeans surrados por um momento mais... Hope. Ou Zorba, quem sabe. Memorável.



9-Montrose - “Jump on It” (1976)


O bloco caminha com nota 10 em harmonia. Com direito a um farto close, a cargo da banda que Sammy Hagar tinha antes do Van Halen.


8-Queens of the Stone Age – “Queens of the Stone Age” (1998)



Abram alas para uma candidata a Rainha da Bateria...


7-The Rolling Stones – “Sticky Fingers” (1971)



...ou para Andy Warhol, que também quer cair no samba. É do guru popartista esta ode à calça apertada, que teve até versão com zíper de verdade protuberante.

6-Ney Matogrosso – “Mato Grosso” (1982)


Jeans separador de testículos? Não conte com o velho Ney, militante do MELV, Movimento Enxaguador e Libertador e de Virilhas.

5-Caetano Veloso – “Araçá Azul” (1972)


E não espere menos de Caetano ,que, preocupado com o quesito alegoria trouxe até um espelho para acertar o cavamento.

4-Black Crowes – “Amorica” (1994)


Reza uma lenda urbana do Esquindô-Esquindô que, na transmissão de um desfile de Escolas do Rio nos anos 1980, um diretor de TV da Globo emitiu a seguinte ordem a um cameraman: “foca na Prochaska”. Ele se referia, ora-mas-é-claro, à atriz Cristina Prochaska, que requebrava na passarela. Na interpretação do cinegrafista, porém, “prochaska” significava tudo menos um sobrenome vindo do Leste Europeu, e a imagem resultante foi algo mais ou menos assim.

3-Gal Costa – “Índia” (1973)


Os Doces Bárbaros não estavam mesmo para brincadeira naqueles tempos. Um ano após ver seu amigo caetanear a sunga, Gal respondeu prochasqueando a tanga. Ou algo do gênero.

2-The Charque Side of the Moon – “The Charque Side of the Moon” (2008)


O repertório de “The Dark Side of the Moon”, do Pink Floyd, transposto para ritmos do Pará, foi pouco. Para seu idealizador, Luiz Felix, era preciso colocar mais coisas em seus devidos lugares. A começar pelo famoso triângulo prismático.

1-Ringo Starr – “Ringo The 4th”


Se estivéssemos presos ao quesito evolução, a tendência é que este primeiro lugar fosse abocanhado por alguma trilha sonora de filme pornô ou audioguia de aula de anatomia. Mas o caneco vai para Ringo, que se não conseguiu até hoje fazer sucesso em carreira solo, pelo menos pode dizer que algum dia investiu no quesito fantasia para, de espada em riste, mostrar quem é que manda quando o assunto é virilha.

*Siga este blog também pelo twitter: @maladalista