sexta-feira, 27 de agosto de 2010

50 vezes Mala



Este é o cinquentésimo assunto abordado por este Mala em seus Top 10 e Top 5, desde que eles começaram a ser publicados, em julho de 2009. E como ninguém é obrigado a aguentar um top 50 comemorativo, e também não vou contar parabéns para mim mesmo novamente - como no post do primeiro aniversário do blog -, nada mais justo e prazeroso, portanto, do que homenagear desta vez os leitores do Lá vem o Mala da Lista. Um post para brindar a este leal grupo que tanto estimula a continuidade do blog com seus comentários e mensagens.


Mais para frente surgirão aqui listas cujos temas foram sugeridos por habitués maladalistísticos, bem como relatórios de obrigatoriedades ausentes em listas já existentes e que eu mesmo lembrei depois de publicá-las. Por hora, fiquem com as melhores dicas dadas por vocês a mim depois que meus tops foram ao ar. Coisas obviamente “listáveis” das quais esqueci, dicas que não conhecia e outros pitacos mais do que bem dados. Os critérios da ordem dos itens são a preciosidade dos itens indicados e o grau de vacilo do blogueiro ao ter deixado de fora tal disco, música, capa ou afins. Presepadas imperdoáveis das quais tentarei me redimir aqui.


*Menções honrosa para lembretes classe A que esbarraram em restrições para as listas: Cris Scabello indicando “Born in the USA”, de Bruce Springsteen como capa em que a bandeira dos EUA é reinterpretada (explico a ausência: a bandeira está enfocada de uma maneira peculiar, é verdade, mas não sofre alterações); e Fernando Gueiros citando “Nevermind”, do Nirvana, como capa com artistas submersos (explico a ausência: se o bebê fosse Cobain, Grohl ou Novoselic, valeria)

**Um salve para a rapaziada “antenada” da Centro Imobiliário, de Peruíbe, que ao buscar no Google o nome da cidade litorânea paulista encontrou o primeiro post deste blog e deixou o mais nonsense dos recados: “mais de 2000 oportunidades pra você realizar o sonho da casa própria na cidade de Peruíbe”.





Rodrigo Mello lembrou de outras notáveis canções relacionadas a este molhado tema, entre elas “Rain Song” do Led Zeppelin (1973) e o samba-rock “Meu Guarda-Chuva” (1969), de Jorge Ben na voz de Elizabeth Viana. Sou mais a segunda:








9- Cenas com atores cantando


Bel Lenza sentiu falta da cena em que Hugh Grant tenta salvar do vexame o menino reprimido cantando com ele “Killing me Softly”, de Roberta Flack, em “About a Boy” (2002), filme inspirado em livro de Nick Hornby. Dá vergonha passiva, e também por isso é uma grande cena:


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“Toxic”, de Britney Spears, impressiona pela produção bombástica e os “hooks” perfeitos para pista. Felipe Cremonese achou que tinha que estar na lista dos pop hits dos 2000’s, e muita gente vai concordar. Eu colocaria num top 15.










Para Daigo Oliva, o maior clássico de todos os tempos, pelo menos em matéria de capas de álbuns protagonizadas por aves, é “Never Again” (1984), da banda inglesa de hardcore Discharge. “A pomba está esfacelada no chão”, ressaltou. Bela sugestão, poderia derrubar os Mutantes presentes em minha lista original, fácil fácil. O problema é que competiria no quesito “pombas” com Patti Smith e, a meu ver, perderia.


6- Músicas sobre ilhas


Há dez anos vivendo na Espanha, minha irmã Adriana já é “local” a ponto de reivindicar os mestres do kitsch ibérico do Locomia, e seu hino homônimo sobre Ibiza, na lista de canções sobre ilhas. “O clipe era tão pobre que os caras não conseguiram nem IR para Ibiza gravar, tiveram que fazer no centro de Madri mesmo”, conta Adri, antes de sugerir com seu lendário senso de humor: “pensando bem, você pode incluir na lista dos clipes com as maiores ombreiras da história”.







5- Músicas em cenas de filme


Os posts do Mala da Lista que envolvem cinema costumam ser bastante populares. Como foi o caso deste, sobre músicas já conhecidas empregadas como pano de fundo para cenas de filmes, que provocou uma série de intervenções dos leitores.


Mura Faria propôs uma série especial em homenagem ao diretor Wes Anderson, com Elliott Smith soando em “The Royal Tenenbaums “ (2001), Kinks em “The Darjeeling Limited” (2007) e Sigur Rós em “Life Aquatic with Steve Zissou”. Adoro a última (“Starálfur”, de 1999):






Já Daniel ressaltou Leonard Cohen ou L7 no clássico “Natural Born Killers” (1994). Vai a do L7, “Shitlist” (1992):






E Tato Perles exigiu “The House of The Rising Sun”, hino de domínio público na versão de 1964 de The Animals, no final de “Casino” (1995), de Martin Scorsese.








Ainda não conhecia o disco solo da baiana “naturalizada” pernambucana Karina Buhr até a Roberta Cardoso me mostrar esta música. “Eu Menti para Você” é também o nome do álbum. Entraria fácil num novo top 10 sobre o assunto, lá pela oitava posição.






3- Músicas com assobios

Embora seja antigo apreciador das bandas de George Clinton, não conhecia esta faixa do Parliament, que contém “o melhor solo de assobio de todos os tempos”, de acordo com Alexandre Basile. De fato, imperdível:







Já Felipe Cremonese me apresentou outra que não manjava (e que, juntamente com a do Parliament, poderia marcar presença uma releitura do top 10 músicas com assobio): "Raid the Radio", do francês General Eletriks, que o “fez assobiar o mesmo refrão por uma semana”.




Eu pedi, e alguns de vocês me atenderam enviando suas próprias listas de álbuns favoritos da década passada. Alguns mandaram os nacionais, outros os internacionais, houve quem misturasse tudo. As seleções finais são ecléticas e inspiradoras. Publico as que chegaram completas:


Aldo Labaki: 10. Brian Wilson – “Smile”; 9. Omara Portuondo e Maria Bethania – “Omara Portuondo e Maria Bethania” (2008); 8. Eminem – “The Marshal Mathers LP” (200o); 7. Sharon Jones & The Dap Kings –“100 Days, 100 nights” (2007); 6. Bebo Valdés & Diego El Cigala – “Lágrimas Negras” (2004); 5. Chemical Brothers – “Come With Us” (2002); 4.Franz Ferdinand – “Franz Ferdinand” (2004); 3. The White Stripes -“White Blood Cells” (2001); 2. Bob Dylan – “Modern Times” (2006); 1. Rage Against the Machine – “Renegades” (2000).


Guilherme Coube: 10. Yamandu Costa – “Yamandu” - (2001); 9. Fennesz – “Venice” (2004); 8.Animal Collective – “Feels” (2005); 7. Mitsuko Uchida e MarkSteinberg – “Sonatas de Mozart para piano e violino” (2005); 6.Cidadão Instigado – “E o Método Tufo de Experiências” (2005); 5. Ratatat – “Ratatat” (2004); 4. Radiohead – “Kid A”(2000); 3.TV On The Radio – “Return to Cookie Mountain” (2006); 2.Prefuse 73 – “Extinguished: Outtakes” (2003);1.Amy Winehouse – “Back to Black” (2007)


José Henrique: 10.Marisa Monte – “Universo ao Meu Redor” (2006); 9.Guizado – “Punx” (2008); 8.Bid – “Bambas & Biritas Vol. 1 (2004)”; 7.Céu – “Vagarosa” (2009); 6.Cidadão Instigado – “Uhuuu!” (2009) 5.Otto – “Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranqüilos”; 4.Lucas Santtana e Seleção Natural- “3 Sessions in a Greenhouse” (2006); 3. Racionais – “Nada como um Dia Após o Outro Dia” (2002); 2.Marcelo D2 – “À Procura da Batida Perfeita” (2003); 1.Nação Zumbi – “Nação Zumbi” (2002)


Mura Faria: 10.NIN – “With Teeth” (2005); 9.Lambs Anger – “Mr. Oizo” (2008); 8.Cat Power – “The Greatest” (2006); 7.Beck – “Sea Change” (2002); 6.The Field – “From Here We Go Sublime” (2007); 5.Arcade Fire – “Funeral” (2004); 4.LCD Soundsystem – “LCD Soundsystem” (2005); 3.TV on the Radio – “Return to Cookie Mountain” (2006); 2.Radiohead – “Kid A” (2000); 1.Yo La Tengo – “And Then Nothing Turned Itself Inside-Out” (2000)





Estão vendo o cara da foto lá do começo do post, se autoflagelando? Não, não é o Ned Flanders. Sou eu, em penitência perpétua por ter esquecido de incluir “Psycho Killer”, dos Talking Heads, na lista de canções de artistas anglo-saxões arranhando idiomas latinos. Não fosse minha espantosa comida de barriga, teríamos um outro segundo colocado naquele top 10. A lembrança foi de Fernando Mello, aliás excessivamente educado com o blogueiro diante de uma falha tão tremenda. Só a pergunta “qu'est-ce que c'est?” (“O que é isso?”) do refrão já valeria, mas a canção ainda tem mais quatro versos em francês mal pronunciado por David Byrne. Confiram neste vídeo histórico deles tocando no mítico CBGB, em Nova York.






sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Barcelona Muitos Graus - Parte II



O título deste texto ia ser “Barcelona nem tantos graus”, em referência a “Barcelona muitos graus” (baixe o cursor até o antepenúltimo post do blog para rememorar) tamanho o frescor deste agosto, normalmente o mês mais insuportavelmente quente do verão na cidade. Mas como hoje o sol está rachando e o bochorno (palavra espanhola perfeita para a designação do famoso “bafo” de calor) voltou a mil, o novo Top 10 se assume como uma sequel. O tema continua sendo veranista, mas agora migramos das capas ambientadas em praias para as que trazem artistas submersos, dando aquela refrescada básica. Os paulistanos putos da vida com os 10 graus que andam gelando suas espinhas podem interpretar como uma homenagem à “nostalgia do Verão”, como diriam os recifenses do Mombojó.



*Só valem as capas com os próprios artistas embaixo d’água. Belos trabalhos como “Further”, o novo do Chemical Brothers, ficam de fora.



10-Barbra Streisand – “Wet” (1979)





Ali no final dos anos 1990, virou moda tirar sarro do rosto pitoresco de Barbra Streisand. O desenho americano “South Park” e a comédia dramática brasileira “Até que a Vida nos Separe” são alguns exemplos que me ocorrem agora. Imagino que esta foto deva ter contribuído em muito como inspiração.



9-Rita Lee e Roberto de Carvalho – “Rita Lee e Roberto de Carvalho”(1982)





Eu mal falava, mas já achava xexelenta a lona azul usada de mar falso no começos dos anos 1980, quando meus pais adquiriram este LP. Três décadas depois, minha opinião não muda, embora agora admire o desprendimento do casal por tal opção estética.



8-Nick Cave and The Bad Seeds & Kylie Minogue – “Where The Wild Roses Grow” (single, 1996)





Ainda falarei mais sobre esta sombriamente bem-sucedida parceria. Por hora, contemplemos o aperitivo do notável clipe, com Kylie “morta” diante de um Cave inconsolável.


7-Rain Parade – “Crashing Dream” (1986)




Piscinas são tão fotogênicas que ainda voltarão a enfeitar listas deste blog, aguardem. Fiquem com um aperitivo.


6-PJ Harvey – “To Bring You My Love” (1995)




Outra capa extraída de um videoclipe (no caso, o sexy “Down by The Water”), de outra ex-musa de Nick Cave. Eu sinceramente não me lembrava, mas parece que na metade da década de 1990 boiar diante das câmeras foi, como diria minha amiga Nana Caetano, “tendência”.


5-Gal Costa – “Água Viva” (1978)




 Houve um tempo em que as consagradas cantoras de MPB ainda arriscavam alguma surpresa. Nem que fosse na capa de seus discos.


4-Ney Matogrosso – “Mato Grosso” (1982)

Seguramente o mais à vontade entre os submersos desta lista. Para os estupefatos com o tamanho da tanga de Ney na foto, suspeito que a simples concessão de seu uso pelo cantor possa servir de consolo.







3-Fugazi – “Red Medicine” (1995)



Batendo olho pela primeira vez, vocês provavelmente podem perguntar que catso faz esta capa aqui. Mas é só prestar atenção: a parte de baixo do projeto é uma foto invertida para da banda pegando jacaré. Eita marzão bom...



2-Slint – “Spiderland” (1991)




Há três anos vi aqui um show da turnê que marcou a volta desta cultuada banda americana, tida como muitos como a precursora do chamado “post-rock”. Será difícil detalhar isso em palavras, mas estar em um lago perdido no meio de uma pedreira deserta do Kentucky contemplando o nada de forma prazerosa, só com a cabeça de fora, não seria uma má forma de descrever a sensação de testemunhar o som do quarteto ao vivo. Ah, e a sensacional foto foi tirada por Will Odham, também conhecido como Bonnie “Prince” Billy.



1-Marcos Valle – “Previsão do Tempo” (1973)



Percebam novamente o “efeito piscina”. O curioso é que, virada a foto de ponta-cabeça, ainda parece o Marcos Valle.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A primeira-dama a gente nunca esquece



As férias de Michelle Obama e sua filha mais nova Sasha no verão espanhol duraram apenas da quarta-feira da semana passada ao último domingo, mas serviram para que fosse armado um gigantesco circo de segurança e a prensa amarilla (como a imprensa sensacionalista é chamada por aqui) enlouquecesse numa tresloucada cobertura.

Afinal, não é de hoje que as primeiras-damas são um assunto pop, sobretudo quando têm algum carisma. Ainda assim, deve ser bastante bizarro tentar se divertir na praia enquanto agentes do Serviço Secreto de seu país besuntados em óleo e metidos em sungas, separam à força um pedaço da areia e do mar só para você, enquanto uma massa de “populares” te observa atrás do cordão. Era esta a situação na praia de Estepona, perto de Málaga, durante uma visita da família de Barak.

Absurdos à parte, o lado popstar das primeira-damas despertou o repulsivo lado paparazzi do Mala da Lista, que preparou um top 10 com referências sonoras a elas. Canções-tributo, canções-insulto, anedotas e outras picuinhas envolvendo música e “as que chegaram lá” (ou as que quase chegaram, como veremos). Deixem portanto os objetos de metal na caixinha ao lado, coloquem as mãos onde eu possa vê-las e desfrutem.

*Menção honrosa para “I’ve Got a Crush on Hillary Clinton”, de Papa Razzi & the Photogs, projeto de músicas sobre celebridades do maluco Matt Farley. Não tem no You Tube mas sim no Spotify.


10-Madonna x Evita Perón – “Don’t Cry for Me Argentina” (1997)

Sem dúvida a menos empolgante homenagem musical já feita a uma primeira-dama. Por isso o décimo lugar.




9-Mundo Livre S/A x Laura Bush – “Laura Bush tem Um Senhor Problema” (2005)

A letra fala de várias outras coisas até chegar na frase que dá nome à música. Mas vale a espera, a mítica banda recifense continua em forma e a língua de Fred Zero Quatro afiada.




8-The Boomtown Rats x Eva Braun – “I Never Loved Eva Braun” (1978)

O vídeo anexo à canção sobrepõe desconcertantes imagens da esposa do mais famoso genocida da história – quem se não Adolf Hitler - acariciando um coelho a hediondas cenas do Holocausto. Mau gosto em dose dupla. Já a letra de Bob Geldof – sim, antes de ser um organizador de concertos de caridade ele tinha esta banda -, deita e rola no humor negro, se colocando na posição do próprio Führer em tom fofoqueiro: "O yeah I conquered all those countries /They were weak an' I was strong /A little too ambitious maybe /But I never loved Eva Braun".




7-Tim Wilson x Michelle Obama – “The Michelle Obama Song” (2009)

O comediante caipirão pegou o espírito da coisa: "She’s tall enough to make Yao Ming nervous /She don’t even need no Secret Service /She ain’t gonna take any crap from Barak".




6-Faith No More x Rosane Collor

Na inesquecível segunda passagem pela banda de Mike Patton pelo Brasil, em setembro de 1991, ele aprendeu suficiente número de palavras em português para que pudesse xingar a polícia, e se inteirou a respeito de personalidades do país à época. Extasiado por tomar conhecimento da então primeira-dama, uma Barbie feiosa de vinte e poucos anos que aparecia de biquíni nos jornais, ele não hesitou em dedicar-lhe, em portunhol, a incrível “The Crab Song”: “para Rosane Collor... canción carangueijo”. Não percam, no minuto 3’55’’.




5-Beatles x Imelda Marcos

“Eu odiei as Filipinas”, confessa Ringo Starr. “Eu senti tamanho ressentimento por aquelas pessoas”, engrossa o coro George Harrison. Pudera. Os Beatles quase não voltam de sua excursão às Filipinas em 1966, graças à sua recusa ao comparecer a um jantar com a esposa do então ditador Ferdinand Marcos. A história é contada neste trecho do melhor documentário já feito sobre qualquer banda, “Anthology” (1995).




4-Mission of Burma x Nancy Reagan – “Nancy Reagan’s Head” (2006)

“And I'm haunted by the freakish size of Nancy Reagan's head, (No way that thing came with that body)”. Ou seja, mais de duas décadas após o fim da Era Ronald Reagan nos EUA (1981-1989), seus sobreviventes ainda não se recuperaram... do tamanho da cabeçorra daquela primeira-dama!




3-Rage Against the Machine x Jackie Kennedy – “Tire Me” (1996)

OK, a menção aqui é a Jackie Onassis. Mas leva com louvor a medalha de bronze porque este não passava do nome que Jacqueline Kennedy adotou após casar-se com o magnata grego Aristóteles Onassis, cinco anos após a morte de JFK. Os versos, que aparecem no minuto 1’57’’, estão entre os melhores da banda de Los Angeles, tanto que são cantados em coro pelo público: “I wanna be Jackie Onassis / I wanna wear a pair of dark sunglasses / I wanna be Jackie O / Oh oh oh oh please don't die!”




2-Twisted Sister x Tipper Gore

Pois a que “quase chegou lá” mencionada na abertura do post é a mulher de Al Gore, o ex-vice-presidente democrata que quase, mas quase mesmo, chegou lá. Ou vocês já se esqueceram do episódio das eleições americanas de 2000, quando Gore chegou a ser dado como ganhador até que... bem, deixemos isso para Michael Moore.

O que importa é o hilário embate entre a comissão de carolas encabeçada por Tipper Gore que, em meados dos anos 1980, quis “moralizar” o rock declarando guerra a Twisted Sister e uma série de outras bandas de metal, taxadas como “The Filthy Fifteen” (Os Quinze Imundos). Tipper achou que encontraria um mentecapto desarticulado ao chamar o vocalista do T.S., o espalhafatoso Dee Snider, – “ a mistura da Sarah Jessica Parker com a Vovó Mafalda”, segundo meu amigo Isidoro Cobra – para depor, mas entrou pelo cano e acabou ridicularizada em frente a câmeras e colegas pela cabeluda figura. Trecho não menos imperdível do fabuloso documentário “A Headbanger’s Journey” (2005), de Sam Dunn e Scot McFadyen.




1-Carla Bruni x Carla Bruni –“ Quelqu'un m'a dit / Blowin’ in the Wind” (2002)

Quem poderá concorrer com uma primeira-dama que cuide ela própria da parte musical? Que tenha desfilado para Dior, Rabanne, Versace? Que tenha em seu currículo affairs com Jagger, Clapton? Que seja assim de gostosa? Ora, quem poderá concorrer com Carla Bruni (a de azul na foto lá em cima - a outra todo mundo sabe que é a princesa Letizia da Espanha)? A resposta está “blowin’ in the wind”. E na cara de orgulho de Sarkozy.