quarta-feira, 16 de junho de 2010

Separados no Nascimento: Copa do Mundo x Música



Sempre me diverti consideravelmente com as sessões “Separados no Nascimento” de algumas revistas. Deve ser porque desde pequeno gosto de procurar pessoas que se pareçam com as outras sem que tenham parentesco algum. E diante da fauna eclética de semblantes futebolísticos que invade as telas, revistas, jornais e sites durante o mês da Copa do Mundo – só de jogadores são 736, fora a matilha de técnicos, cartolas, jornalistas, etc -, não falta material humano para procurar os irmãos gêmeos desconhecidos distribuídos entre o mundo da bola e o assunto primordial deste blog, a música. Com exceção da foto aí acima, o atestado perfeito da fraternidade univitelina entre o técnico da seleção espanhola Vicente Del Bosque, e o torcedor-patrocinado brasileiro Gaúcho da Copa (não pude resistir), todos os eleitos deste Top 5 são ou do futebol, ou da música. Teste de DNA neles!

*Diagramação e pitacos na escolha das fotos: Anita Cortizas.



5-Fabio Capello (técnico da Inglaterra) x Lou Reed

Em campo e no palco, o ar de superioridade e de “não estou nem aí” seriam a maior pista congênita. Na foto, as rugas fazem o trabalho.


4-Chilavert (ex-goleiro do Paraguai) x Henry Rollins (Ex-Black Flag e Rollins Band)
Eu sei, eu sei. Chilavert já não é o arqueiro do esquadrão de nossos vizinhos há tempos – sua última Copa foi a de 2002 -, mas ele aparece aqui como homenagem aos hoje escassos folclóricos goleiros latinoamericanos, os mestres supremos da cafagestagem, das roupas e cabeleiras extravagantes, da cera e das atitudes comprometedoras e irresponsáveis. Onde estão os novos Jorges Campos? Os novos Higuitas? Viva Chilavert. E seu irmão separado no nascimento, Henry Rollins.





3-Juan (zagueiro do Brasil) x Vernon Reid (Living Colour)

Um irmão, o boleiro, saiu tão discreto que ontem no fim do segundo tempo contra a Coreia do Norte ainda não despejara sequer uma gota de suor; o outro, o guitarrista, sempre teve um visual cool e quando começa a solar na guitarra, não para mais. O olhar de peixe morto, porém, não deixa ninguém negar que, mesmo os dois tendo escolhido trabalhos diferentes, eles saíram do mesmo ventre.





2-Joseph Blatter (presidente da FIFA) x Phil Collins


Ao ver o desajeitado e sem carisma Blatter gesticulando com uma fajuta veemência ao promover a campanha educacional “One Goal” na abertura do Mundial, lembrei imediatamente de Phil Collins. Mas, convenhamos, o dirigente nem precisava ter sido tão uncool quanto o cantor para tal.



1-Rooney (atacante da Inglaterra) x Flea (Red Hot Chili Peppers)



Fico imaginando o olheiro do Everton, primeiro time de Rooney, tentando convencer o então técnico de que realmente tinha um tesouro em mãos: “este cara é habilidoso, objetivo, forte como um touro, raçudo e goleador”. O treinador, cansado da conversa mole dos garimpeiros de novos talentos, torceu o nariz. O olheiro então parou, deu uma nova olhada no jovem Wayne, e se voltou para o técnico: “você não está entendendo: você tem que contratá-lo, ele é a cara do Flea!” Negócio fechado, e Rooney deu no que deu.

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