Mas nunca é tarde para retomar o fio da meada. E, antes que vocês tenham suas caixas de entrada inundadas pelas mensagens de conscientização sobre 5 de junho, o Dia do Meio Ambiente, o blog dribla os mecanismos de spam para uma homenagem light a este nosso mundo tão, mas tão castigado. Eu deveria plantar uma árvore, mas como isso só vai acontecer depois que eu tiver um filho – pelo menos não demora... - aqui vão então as 10 melhores capas de discos com árvores.
*Menção honrosa para o Creedence Clearwater Revival, cujos três primeiros álbuns trazem capas com seus integrantes sob a sombra de árvores. Uma comovente proto-ecologia musical, mas que esteticamente deixou a desejar.
10-Sonic Youth – “Made in USA” (1986)
Mirradinha e solitária, mas com um enigmático charme extra. A arvoreta da capa é parecida com trilha de filme criada pelo quarteto novaiorquino. O detalhe ainda mais legal é que a etiqueta amarela com preço faz parte do projeto gráfico original.
9-Kassin + 2 – “Futurismo” (2006)
A visão do que parecem ser umas palmeiras em um pôr-do-sol em uma foto texturizada é bacana, embora insuficiente para sugerir o conteúdo que o encarte carrega: um dos bons discos brasileiros produzidos na última década. E cuja menção ao “cheiro de cocô e Luxi Luxo no banheiro da casa dela”, na faixa “Namorados”, não dá mesmo para deixar passar em branco. Luxi, e não Lux Luxo.
8-Milton Nascimento – “Encontros e Despedidas” (1985)
Pode parecer uma foto poética, mas quem garante que o Bituca não estava pura e simplesmente escapando para dar uma mijadinha?
7-Temptations – “All Directions” (1972)
Para o mais célebre grupo vocal da Motown, uma nova e psicodélica fase não seria traduzida apenas pela adesão às guitarras wah-wah e aos grooves hipnóticos de 12 minutos (“Papa Was a Rolling Stone” é deste álbum). Era também preciso caprichar nos panos coloridos e subir numa árvore. Não me perguntem o porquê.
6-Yoko Ono – “Plastic Ono Band” (1970)
Yoko e John (os nomes dispostos ao contrários soam estranhos, não?) já haviam posado nus numa portada. Matas selvagens em capas de discos, portanto, era com eles mesmos.
5-Passport – “Ataraxia” (1977)
Um bom exemplo de como os grupos de rock progressivo e fusion dos anos 1970 ilustravam seus trabalhos, com recursos meio fuleiros inspirados nos surrealistas. A banda gostou e voltou a usar árvores em “Garden of Eden”, de 1979.
4-Eric Clapton – “461 Ocean Boulevard” (1974)
Este foi o primeiro álbum do Clapton pós-heroína. Há quem diga que ele nunca fez mais nada que prestasse depois que largou as drogas pesadas. Não sou tão claptonmaníaco assim para me aprofundar na questão, e esse disco é classe, mas não deixa de ser uma teoria bastante engraçada. Até porque, como a capa aqui sugere, roqueiro vivendo de água de côco não dá muito pé, não.
3-Neil Young and Crazy Horse – “Everybody Knows This is Nowhere” (1969)
Outra vez, a eternização de um aparente momento relacionado a necessidades fisiológicas sendo feitas. No caso, as do cão do velho Neil. Uma imagem tão clássica quanto o impecável álbum.
2-Echo & the Bunnymen “Crocodiles” (1980)
Ávidos por realçar a atmosfera misteriosa e até certo ponto sombria de seu som, os Homens-Coelho se bateram para uma floresta inglesa à noite para criar a foto de sua bolacha de estreia. E o mais legal é que a selva parece de mentira! Ah, a magia da estética dos anos 1980...
1-Chico Buarque – “Chico Buarque de Hollanda Vol. 2” (1967)
Montanhas, Chico Buarque pós-adolescente de botas e gola alta, o violão a postos. Árvore provendo sombra, riozinho entrando com a água fresca. Nascia o mito do Don Juan da música brasileira.
Sério que o show do Grizzly Bear foi o melhor? Droga! Não ví o show dos caras no Coachella!
ResponderExcluirCurto muito a banda, mas achei que um show ao vivo dos caras fosse meio morno...