O que seria dos Jogos Olímpicos sem o ímpeto acrobático de certos seres
humanos? Saberíamos quem foram Saïd
Aouita, Elena
Shushunova, João do Pulo?
O mesmo ocorre em algumas clássicas capas de disco marcadas por
estripulias corporais dos próprios artistas. Não tivessem eles se aventurado em
posições e ângulos tão inusitados, estas portadas
seguramente não entrariam para a história como
de fato fizeram. Ou pelo menos para mim.
Enquanto espera a edição londrina
do megaevento esportivo, a começar no próximo dia 27, o Mala da Lista alonga a
panturrilha em prevenção à poltronite aguda, flexiona o antebraço contra
luxações em abertura de geladeira e medita sobre o assunto.
O resultado começa por aqui, as 10 melhores capas de álbuns acrobáticas
estreladas pelos autores. (Quem quiser conhecer o Top 5 capas com os que, de fato, pousaram fazendo esporte, que clique aqui).
10-The Isley Brothers – “Shout!” (1959)
É bom saber que nem todo músico quebra espinha saltando e dobrando as
pernas assim.
9-Moby – “Play” (1999)
Trata-se na verdade de um flashforward do popstar eletrônico recebendo
notícia de que a bolacha rendera disco de platina em mais de 20 países.
8-Vanusa – “Vanusa” (1969)
Ela é pura vanguarda. Muitíssimo antes de oferecer à pátria releituras no
wave do Hino Nacional, se aventurava na ginástica rítmica com fitas.
7-Jackie Wilson
– “He’s So Fine” (1958)
6-Massarock – “Massarock” (2010)
Artes marciais e dub são possivelmente as atividades mais antagônicas
que alguém possa realizar simultaneamente. Ou não, como sugere esta jamaico-paulistana.
5-Sly & the Family Stone – “Fresh” (1973)
Ainda na mesma pegada, contemplemos o voo do insano Sly rumo ao
ambulatório. A combinação é batata: funk, kung fu e sapatos de plataformas.
4-Fishbone – “Fishbone” (EP – 1985)
Compartir um pardieiro com Angelo Moore, Walter “Dog King of The Freaks”
A. Kibby II e companhia na Los Angeles
das gangues, em meados dos anos 1980, não era das experiências mais
recomendáveis para não-atletas.
3-Madness – “One Step Beyond” (1979)
Igualmente complicado era ser um destes londrinos. E com a obrigação de
se desdobrar sempre trajando terninho.
2-Fugazi – “Fugazi” (EP – 1988)
Os fãs de Fugazi, que são como uma seita,
ainda sonham com os shows da cultuada banda de Washington D.C. .
Afinal, não raro terminavam assim.
1-Grace Jones – “Island Life” (coletânea oficial - 1985)
Não basta antecipar a Mulata Globeleza em uma década. É preciso fazê-lo
em uma perna só.
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